quarta-feira, 1 de abril de 2009

Crer ou não crer

Gostar ou não gostar eis a questão? Já ouvi ou li isto algures concerteza.

Frases, titulos e músicas como esta só me lembram mais uma vez a minha querida Margarida. A verdade é que nos dias que correm é muito dificil acreditar ou confiar em alguém plenamente. A confiança passou a ser previamente testada. Talvez esta nova forma de confiar aconteça pura e simplesmente por um motivo de percaução... Do qual as pessoas se alimentam sob uma forma de não se surpreenderem futuramente. A confiança torna.se fácil quando existe convivência todos os dias, a cada dia, mas torna.se ainda mais fácil quando nos transmitem confiança, quando olhamos nos olhos de alguém e conseguimos alcançar algo que em palavras nos parece impossivel de verbalizar. E quando gostamos de alguém? Quando confiamos, quando esperamos essa confiança transmitida num olhar e numa vida? Quando é assim entregamos os sonhos e o coração de bandeja, queremos acreditar, ou talvez nem pensemos nisso, porque acreditamos que essa pessoa é alguém onde podemos depositar o mundo que temos dentro do peito. O problema é quando essa confiança desaparece, desvanesse, porque? Desgaste não é concerteza, e ficamos dias, semanas, meses na esperança de alcançar uma solução em que possamos acreditar, algo que nos faça compreender porque alguém em quem confiávamos tanto, em quem confiámos a casa, a família, os sonhos e a vida mudou tanto e em tão pouco tempo se tornou um estranho em quem não podemos confiar porque entrou na nossa vida e de um momento para o outro mudou o nosso mundo, deixou tudo de pernas para o ar e não voltou para consertar. É certo e sabido que quando uma atrocidade destas acontece levamos tempo a organizar a casa e a vida mas um dia tudo muda e vemos que nem todas as pessoas são iguais e que podemos voltar a confiar como da primeira vez, podemos reconstruir o nosso mundo com alguém que nos parece de confiança, que entra para ficar. Entramos numa nova vida com alguém que é diferente mas que nos pode mostrar um mundo melhor, que nos pode ajudar a saturar as cores do arco-iris e a mostrar.nos o caminho da felicidade. Voltamos a sorrir e a viver cada dia como o único, o derradeiro. Até ao dia em que os castelos no ar se desfazem com o vento e o pesadelo retorna ao coração. Por isso é que:

"Há dias que há dias perdidos e outros sem fim... A colar cada pedaço do mundo que se partiu dentro de mim..."



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